terça-feira, 27 de novembro de 2012

O abismo que nos separa das crianças e como diminuí-lo

Cada geração avança até um determinado ponto no domínio das tecnologias. Geralmente há um descompasso na sua apropriação e na relação que a geração anterior mantém com a atual. A geração da TV conseguiu dominar algumas das funcionalidades do videocassete e da incipiente Internet, mas sente dificuldade em trabalhar com os inúmeros aplicativos das últimas tecnologias móveis. Já as crianças e os adolescentes parece que nasceram com um smartphone na mão, tamanha é sua facilidade em explorá-lo.

Os mais adultos - em geral - nos limitamos a um uso mais básico. E cada pessoa estabelece inconscientemente um limite para a aceitação do novo. Conheço pessoas que mal utilizam o celular, ou só acessam o email ocasionalmente. O que está claro é que se abre um abismo entre as gerações mais antigas e as mais novas na sua relação com as tecnologias no cotidiano. Para nós mais velhos torna-se muito difícil acompanhar todos os aplicativos, as novidades e principalmente compreendê-las em profundidade e utilizá-las em todo o seu potencial.

Quando vejo um menino de dois anos descobrindo jogos escondidos no Iphone e trocando de aplicativos, de acordo com a conveniência, percebo o abismo que me separa dele, a agilidade e intuição que me faltam. Com o passar do tempo a sensação que temos é de perder o passo, de distanciamento do mundo dos jovens, da sua linguagem,interesses, valores, percursos. Jogam alucinadamente com inimigos que se multiplicam na tela em fases intermináveis, Exibem habilidades perceptivas e motoras notáveis, muito superiores aos nossos passos trôpegos digitais. Mergulham horas em jogos, vídeos e conversas online. O lema parece ser: Tudo, agora, já. Todas as telas, todos os aplicativos, todas as linguagens, todas as festas, “youtubes” e “twitadas”.

Como ensinar a estas crianças que nasceram dentro desse mundo digital? 
 
 


Eu valorizo o texto; eles valorizam a ação, o ritmo frenético de múltiplas imagens e flashes. Eu tenho uma caneta a mão e escrevo idéias; eles filmam tudo e o postam no Facebook. Eu organizo o pensamento em frases e parágrafos; eles postam sensações, vídeos, compartilham tudo, não temem vírus nem perigos.

Sabemos que precisamos mudar a forma de ensinar e de aprender, mas só conseguimos avançar até um certo ponto, até o ponto do encontro afetivo e de uma parte da linguagem que compartilhamos em comum. Há uma margem de incerteza e incomunicação com os pequenos. É muito difícil que nós, mais analógicos, consigamos uma comunicação profunda com as crianças digitais.

Num olhar mais aprofundado, percebo que ambos nos necessitamos. Minha experiência pode ajudá-los a enxergar além das aparências, a problematizar o que parece definitivo, a encontrar algum ordem no caos, a fazer sínteses diferentes. Por trás da agitação alucinada, há olhinhos interrogadores, inquietos, que buscam inúmeras respostas. Muitas – as principais – não as temos, mas podemos ajudá-los a pensar, a analisar, a perceber melhor, a desacelerar seu ritmo com toques de reflexão e paz.

O entusiasmo e generosidade deles são fantásticos para desbravar territórios desconhecidos, para trazer material muito rico de pesquisa, de observação, que confrontado com nossa capacidade de análise pode produzir resultados surpreendentes.

É importante ir até onde eles estão, conhecer o que lhes é importante, entender como navegam. Se conseguimos acompanhá-los nas formas de pesquisar, comunicar-se e divulgar-ser, poderemos partir de onde eles estão e ajudá-los a evoluir, a degustar outros sabores e ritmos, a descobrir outros mundos diferentes dos que eles valorizam. O acolhimento afetivo é o caminho para encontrar os melhores percursos para chegar às suas mentes e corações. A aproximação ao mundo deles nos ajudará a encontrar atividades, recursos e desafios que façam sentido para nossos alunos e também para nós.

Nós tentamos mudar a escola, mas eles a redesenharão, quando forem adultos, a partir da riqueza de experiências de aprender juntos conectados. Somos uma geração ponte entre modelos industriais consolidados no passado e outros mais flexíveis que estamos construindo penosamente aos poucos até que eles, já nascidos neste novo mundo, concretizem suas experiências acumuladas de aprendizagem digital em processos organizacionais muito mais próximos da sua sensibilidade, com práticas mais coerentes e significativas, que façam sentido no mundo em que eles sempre viveram, tão diferente de como nós aprendemos. 
 
 
 
 
Fonte: http://moran10.blogspot.com.br/

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Livros - Itaú Criança





O Itaú Criança distribui gratuitamente livros para incentivar o gosto pela leitura. Muito bacana essa iniciativa do Banco Itaú. Nesta nova edição, o Itaú Criança distribuirá os seguintes livros:







Acesse o site, conheça melhor o Itaú Criança e peça sua coleção.

http://www.itau.com.br/itaucrianca/




Fonte:http://tecnologiaeducacionalemfoco.blogspot.com.br/

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

O analfabeto político

 
O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas.
O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política, nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais.


Bertolt Brecht

As redes sociais como campo de estudo



As redes sociais tem se tornando campo de estudo para as Ciências Humanas e sociais. Aumenta gradativamente o número de pesquisadores interessados em investigar os problemas que emergem dos agenciamentos humanos ocorridos as redes sociais. A educação também tem buscado a proposição de problemas correlatos ao ensino e à aprendizagem mediados pelas tecnologias digitais. A relevância destas pesquisas pode ser justificada por números apresentados e por estatísticas diversas que mostram o crescimento exponencial da rede virtual em termos de usuários, serviços, páginas, blogs e perfis que surgem sem parar.
Mais que impressionar-se com o movimento da cultura digital em curso na sociedade contemporânea, os pesquisadores da Educação precisam aproximar-se desse fenômeno para desvelar suas implicações para a cognição humana e para o modo como social e institucionalmente realizamos os processos educativos.
Volto a lembrar, que estudar as tecnologias digitais em Educação não consiste apenas na afirmação do óbvio ou na reprodução de proposições recorrentes sobre o cárater impositivo do processo de tecnologização da sociedade, sobre as sempre exaltadas benéfices das tecnologias, ou ainda, sobre a inevitável "adaptação da escola". Ancorada em perspectivas teóricas críticas das tecnologias digitais, inquieto-me por questões mais profundas que tenham relação com aquilo que não se mostra tão facilmente e que, embora presente, permanece desconhecido.
Para quem também se interessa pelo estudo das redes sociais, seguem algumas leituras disponíveis no último volume da Revista Iluminuras que trata da Antropologia com redes sociais: consolidação de um método nos estudos etnográficos e no vídeo "O que são redes sociais?" produzido pela Escola de Redes.




Fonte: http://educacao-e-tecnologias.blogspot.com.br/

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Telecentro - Plano de Inclusão Digital e Cidadania


Inaugurado mais um telecentro em Bom Jesus do Norte - ES

Resultante de gestões da prefeitura junto ao Governo Federal, foi inaugurado no dia 28/6/11 em Bom Jesus do Norte/ES o Telecentro Comunitário “Danilo Stephen Gomes”, composto de 11 PC´s conectados à Internet. O Telecentro passa a funcionar nas dependências da Escola Municipal Antônio Honório.
O TELECENTRO é destinado a atender a população em geral, contribuindo para inclusão social dos cidadãos brasileiros, independentes de orientação sexual ou convicção religiosa, política ou filosófica. Será criado login e senha para cada usuário, que poderá permanecer conectado durante uma hora por dia, para navegar em qualquer site, exceto site pornográfico ou qualquer meio ilícito. O primeiro telecentro está situado a AV. Governador Lacerda de Aguiar, S/N- Centro, Bom Jesus do Norte-ES. A internet é Banda larga-Oi. O horário de atendimento é das 8 horas as 21 horas.
Combater a exclusão digital é o objetivo central dos telecentros. Trata-se de uma iniciativa fundamental para capacitar a população e inseri-la na sociedade da informação. Aos estudantes, propicia o acesso a informações e conhecimentos complementares às atividades escolares.
A política de inclusão digital é uma política de combate a um aspecto específico da exclusão social, a privação de acesso a um conjunto de recursos decisivos para o acesso à cultura, ao trabalho, à educação, à informação e a outros direitos.
Dificilmente a inclusão digital pode ser resolvida em termos individuais ou com medidas governamentais de curto prazo. As proporções da demanda reprimida são consideráveis. Assim, uma política de inclusão digital com objetivos ambiciosos passa necessariamente pela implantação de telecentros comunitários.
E a população carente agradece!








Fonte: <http://www.eaesp.fgvsp.br/subportais/ceapg/Acervo%20Virtual/Cadernos/Experi%C3%AAncias/2003/SAOPAULO-SaoPaulo.pdf>
<http://luciahelenabarreto.blogspot.com.br/2011/06/programa-federal-de-inclusao-digital.html>